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Weverton Rocha: da afronta à derrota em Colinas

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Weverton tentou afrontar Carlos em sua terra e foi derrotado

Quem deu início à guerra silenciosa que está sendo travada nos bastidores políticos entre o vice-governador Carlos Brandão e o senador Weverton Rocha, já com vistas às eleições de 2022, foi o parlamentar.

Tudo aconteceu em meados de setembro quando WR, afrontoso que é, nem pensou duas vezes antes de ir participar da convenção que homologou o nome do ex-prefeito Antônio Carlos como candidato adversário da prefeita Valmira, apoiada pelo vice-governador em Colinas.

Nem o fato de Valmira e todo o grupo político ligado ao vice-governador tê-lo apoiado na eleição para o Senado em 2018, lhe dando a maioria absoluta dos votos – quase 10 mil – foi suficiente para demover o senador da ideia de pegar seu helicóptero e pousar na terra de Carlos para oferecer apoio ostensivo ao adversário.

E olha que não foi qualquer adversário.

Tratava-se de Antonio Carlos que, em 2018, na condição de ex-prefeito e principal liderança política da oposição colinense, apoiou com todas as forças para o Senado os candidatos Edison Lobão e Zequinha Sarney, principais adversários de Weverton.

Nos palanques de 2018 o homem que Weverton foi abraçar em 2020 soltava todos os cachorros para cima dele, a quem se referia sempre como aquele maragato, e pra cima do próprio governador Flávio Dino, taxando-o de ateu comunista e outros adjetivos depreciativos.

Mas nada disso foi suficiente para conter o ímpeto de WR. A ânsia de confrontar o vice-governador – que sempre lhe mostrou respeito e cortesia – de derrotá-lo a qualquer custo em sua terra e depois contar vantagem na TV e Rádio Difusora de sua propriedade, além do desejo desmedido de ser governador em 2022, foram maiores do que qualquer coisa.

De microfone em punho o senador não mediu as palavras. Agrediu o vice e demonstrou que estava ali para derrotá-lo, algo quase que pessoal. Ao mais novo aliado, disse até que derrubaria a pontapés as portas do Palácio dos Leões, sede do governo estadual, para fazê-lo entrar, sentar à mesa e conversar com o governador Flávio Dino, que já demonstrou preferir ver o tinhoso ao ex-prefeito.

Por duas vezes o senador pegou um de seus helicópteros e foi a Colinas prestar apoio político – e financeiro, dizem, em montante considerável – ao novo aliado. Nas duas ocasiões deixava claro que estava ali para derrotar aquele que passou a considerar inimigo da noite para o dia por conta de uma peleja que Carlos nunca quis ou pensou em iniciar.

Mas no meio do caminho de Weverton havia uma pedra: a prefeita Valmira Miranda e a ótima gestão que vinha fazendo.

As obras espalhadas por todos os cantos da cidade, num volume jamais visto na história de Colinas, foram suficientes para o povo reeleger Valmira com mais 2.300 votos de diferença sob o candidato de Weverton.

Além da vitória esmagadora da prefeita apoiada pelo vice-governador sob o adversário apoiado por Weverton, dos 13 vereadores eleitos para a câmara colinense a coligação de Valmira elegeu 9, sendo que desses, só do partido da prefeita e do vice-governador, o Republicanos, foram eleitos 7, mais 2 do Cidadania e 1 do PC do B.

Diplomático como sempre foi ao longo de toda a sua carreira política, Brandão não deu ouvidos às provocações do senador e continuou dando apoio e participando da campanha de outros candidatos de seu partido em todo o Estado, a exemplo, dos vitoriosos Fábio Gentil, em Caxias, Felipe dos Pneus, em Santa Inês, e Aluísio, em Açailândia.

No total o partido do vice-governador saiu com 25 prefeitos e vai governar o maior número de maranhenses, já que fez a maioria dos prefeitos das maiores cidades.

Como se não bastasse a vitória sob Weverton em Colinas, Brandão ainda derrotou o senador nas eleições da Capital. O candidato apoiado pelo vice-governador, Duarte Júnior, mesmo sob fogo cerrado da mídia wevertina, chegou ao segundo turno derrotando Neto Evangelista, apoiado por Weverton e camarilha.

Weverton vai continuar tentando minar Carlos e o chamando para uma briga desnecessária. Quando não surtir efeito, já que o vice-governador não é dado às brigas desnecessárias, o alvo do poderio midiático do senador vai ser os aliados do republicano, imputando a todos eles todas as coisas erradas que o Maranhão inteiro sabe que só ele, Weverton, é capaz de praticá-las.

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