
São Luís completou hoje (8) seus 413 anos e ganhou, dentre outros presentes, a entrega parcial da reforma do antigo Socorrão 2, agora rebatizado de Hospital da Cidade Dr. Jackson Lago — justa homenagem ao ex-prefeito da Capital e ex-governador do Maranhão. Mas o que parece não ter sido justo e nem elegante foi o comportamento do prefeito Eduardo Braide no evento.
Por quase uma hora Braide distribuiu agradecimentos como quem joga confetes em carnaval: citou senadores, deputados federais, vereadores, secretários, a vice-prefeita, a esposa, os servidores do hospital, mas “esqueceu”de citar uma figura detentora de mandato que estava ali do ladinho dele.
Trata-se do deputado estadual Fernando Braide, irmão do prefeito, que estava a um metro de distância, colado à sua direita, encarando o gestor como quem esperasse ao menos um aperto de mão, uma olhada de rabo de olho que fosse. Mas qualquê! Braide não fez sequer uma menção protocolar que fosse pra acalmar o coração do irmão que parecia bem aflito a espera de um aceno.
Fernando, coitado, ficou ali, firme, com um sorriso amarelo de quem acabou de levar um bolo no aniversário. Aplaudiu as falas do irmão, constrangido, quase invisível. Quem viu garante: parecia mais um penetra que conseguiu furar a segurança e assistir de perto a solenidade onde o irmão era a estrela maior.
Mas o Braide, o prefeito, não é de hoje que exibe esse estilo bem peculiar no trato com a classe política. Age como se pairasse acima da classe política, como se deputados, vereadores e até colegas de partido fossem meros estorvos em seu caminho. A ojeriza que parece ter pelo irmão é a mesma que parece ter por toda a classe política. Quem não lembra lá de 2016 quando ele foi derrotado por Edivaldo Júnior justamente porque recusou alianças com partidos que poderiam tê-lo levado à vitória?
Se Braide, o prefeito, não tem consideração nem pelo irmão Braide, o deputado, terá por quem? Fica o aviso à classe política que volte e meia lhe tecem elogios de todos os tipos.