Na manhã de ontem (23) uma decisão do juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, o Dr. Douglas de Melo Martins, determinou que o governador Carlos Brandão envie uma lista de parentes que estejam ocupando cargos no governo do Estado.
A lista, quando Brandão enviar, vai ocupar apenas uma linha, uma vez que apenas Orleans Brandão, sobrinho do governador e parente, portanto, de terceiro grau, ocupa cargo no governo, ele é o secretário de Assuntos Municipalistas. E fica o desafio para que alguém aponte qualquer outro parente do governador que esteja ocupando qualquer cargo no governo.
Não tem irmãos, irmãs, cunhados, cunhadas, primos, primas, nada. Marcus Brandão, irmão do governador, é o diretor institucional da Assembleia Legislativa, mas sem qualquer relação com o governo do estado, já que a ALEMA é órgão independente.
Há um certo exagero nisso tudo. Outros governadores em outros tempos tinham esposas secretárias, a exemplo de Lobão, João Alberto e Cafeteira; irmãos secretários, cunhados secretários e uma infinidade de sobrinhos, primos, etc. Roseana mesmo teve Ricardo Murad, seu cunhado, como secretário de saúde e Jorge Murad, o marido, como secretário de tudo.
Sobre o Daniel Brandão, outro sobrinho do governador, também parente de terceiro grau, Brandão não teve participação alguma na ida dele para o TCE. Foi um processo todo conduzido pela Assembleia Legislativa do Maranhão. Nem da nomeação de Daniel Brandão participou, já que no período estava em missão oficial no exterior.
Em estados como Bahia, Piauí, Alagoas aí sim houve exageros. Nesses os governadores botaram as respectivas esposas. No Pará mesmo a esposa do governador Elder Barbalho foi nomeada para o TCE esse mês e não se viu esse celeuma todo.
Pode-se então criticar o governador por qualquer coisa, menos chamá-lo de nepotista, coronel ou qualquer outra coisa do tipo.
Porque isso de fato ele não é.